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Vereadores votam projeto que cria ação intersetorial para atender acumuladores

Será votado na Câmara Municipal de Curitiba nesta terça-feira, dia 12 de março, um

requerimento de autoria do vereador jornalista Márcio Barros (PSD), que sugere que a

prefeitura crie um programa intersetorial das áreas de saúde ambiental, meio ambiente e

atendimento social para atendimento a pessoas com o transtorno de acumulação

compulsiva.

Segundo especialistas o transtorno da acumulação compulsiva é um transtorno mental

conhecido por fazer a pessoa ter uma enorme dificuldade de se desfazer de objetos, ou de

animais. Pode ser algo como livros, revistas, brinquedos, disfarçados em coleções, ou até

mesmo garrafas pets, produtos alimentícios, restos de madeira, e em alguns casos animais

domésticos.

Esta síndrome faz parte do Manual de Diagnóstico e Estatística de Desordens Mentais

(DSM-5) desde 2013. EM Curitiba os números não foram divulgados mas a prefeitura tem

mapeado os acumuladores de lixo e também os de animais.

Nos últimos dias vários casos foram identificados e resolvidos, pelo menos até que os

acumuladores juntem tudo novamente.

Segundo o vereador, o mais impactante foi no Bairro Cidade Industrial, onde uma casal de

idoso conseguiu acumular mais de 130 toneladas de lixos. “Recebi a solicitação de

diversos moradores da região solicitando ajuda para resolver o problema. O mal cheiro, a

presença de ratos, cobras, aranhas e o risco de mosquitos da dengue. Imediatamente a

administração da Regional do Portão se inteirou da situação e começou uma ação de

guerra. Foram retirados 19 caminhões de lixo”, explicou o vereador.

O vereador disse também que o maior desafio foi convencer a acumuladora que a ação era

necessária. “São pessoas que precisam de ajuda médica. Ela não se dava conta dos riscos

que era viver no lixo. Além de tudo isso tinha pelo menos cinco cães e alguns gatos

doentes”, completou.

Outro caso recente aconteceu no bairro Portão. Um homem de 73 anos, acumulou na casa

em que mora mais de 70 toneladas de lixo. Ele sofreu um acidente de moto e enquanto

estava internado, os filhos aproveitaram para fazer a limpeza da casa. “Fiquei assustado

com a situação. O homem tinha armazenado vários fardos de refrigerante, sacos com

alimento e outros produtos que havia comprado em promoção. O transtorno, segundo

especialistas. Começa com a compulsão por compras e na sequencia acumulo de coisas”,

disse Márcio Barros.


O Projeto

A proposta do projeto é quando o paciente recusar ou não aderir ao tratamento

ambulatorial, a unidade de saúde responsável deverá ofertar atenção domiciliar e fazer

busca ativa como objetivo de potencializar os resultados do tratamento.

Além da Secretaria de Saúde, o atendimento também deve contar com o apoio da

Secretaria de Meio Ambiente que vai trabalhar pela limpeza do local, e a Fundação de

Ação Social, caso necessário, o atendimento Social.

“Já conversei com a secretária do Meio Ambiente, e vou levar a proposta para o prefeito

Rafael Greca, que já tem se mostrado preocupado com esse tema nas redes sociais.

Precisamos manter a cidade limpa, mas também entender que os acumuladores precisam

de ajuda”, finalizou.




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